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sexta-feira, 22 de junho de 2012

24 de Junho dia de São Joao Batista

São João Batista na Umbanda é Xangô



Na umbanda, em muitas casas, São João Batista vem na força de Xangô.

João era valoroso pregador, amigo da justiça e da verdade.

Operário, é ele o símbolo rude da verdade.

Exprimindo a austera disciplina que antecede a espontaneidade, João é o primeiro sinal do cristão ativo, em guerra com as próprias imperfeições do seu mundo interior, a fim de estabelecer com Jesus, o santuário de sua realização.

Chamado o Batista porque, por ele, o povo era batizado no rio Jordão, confessando os seus pecados.

João Batista e Jesus Nazareno eram primos em segundo grau, porque Maria e Isabel, mães de Jesus e João, eram primas.

Diz-se que Jesus e João eram muito amigos e sempre andavam juntos, com pouca diferença de idade (João era mais velho).

João é o precursor, ou seja, o preparador do caminho para Jesus.

Aquele que O batizou nas águas do rio Jordão. De extrema força interior, representa Xangô na parte da justiça, da verdade e da disciplina na luta contra as baixas emoções.

Na imagem de Xangô com o leão, o leão significa todas as nossas paixões contidas, domadas.

“São joão batista é xangô
ele é dono o meu destino até o fim
se um dia minhafaltar a fé
oh meu senhor
que role essas pedreiras sobre mim”


Também vemos São João Batista, na força de Xangô, como protetor do povo boiadeiro.

Isso porque João era considerado “a voz que clama no deserto”.

Aquele que ia na frente, abrindo os caminhos pra Jesus.

Vestia-se de peles de animais e alimentava-se de mel silvestre e frutas.

Usando um cinto largo a volta da cintura e o seu cajado de pastor de ovelhas.

Pregava pelo caminho e batizava a todos que pedissem.

Por vir na frente, batizando, lidava com as forças brutas, sem lapidação.




Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis. Mesmo assim, um dia seu

reino foi atacado por uma grande quantidade de guerreiros que invadiram a cidade

violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria

assassina. Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas. Um dia, porém, percebeu que

a guerra tornara-se um caminho sem volta. Já havia perdido muitos soldados e a única saída

seria entregar sua coroa aos inimigos. Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um

conselho para evitar a derrota quase certa. O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira

e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito. Xangô subiu e

quando estava no ponto mais alto do terreno foi tomado de extrema fúria. Pegando seu oxê,

machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência. Estas ao

serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instantes transformaram-se em enormes

línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de

guerreiros inimigos. Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e

renderam-se imediatamente pedindo clemência. Levados até ao rei, os presos elegeram um

emissário para servir-lhes de porta voz. O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de

Xangô. Desculpou-se pedindo perdão. Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade

própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e

os martirizava impiedosamente. Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro

que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino. Assim

tornou-se conhecido como o orixá justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade,

mas que queima com seus raios os mentirosos e delinqüentes.



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